Eça de Queirós

 

        José Maria Eça de Queirós nasceu, em 1845, em Póvoa do Varzim, Portugal e desencarnou em Paris, no ano de 1900. Formou-se em Direito, pela Universidade de Coimbra, dedicando-se inicialmente ao jornalismo e depois à literatura.

        Em 1869, dirigindo um jornal em Évora, viaja ao Egipto para fazer a reportagem da inauguração do Canal de Suez, do que resulta o livro póstumo “O Egipto”, editado em 1926. Aprovado em concurso, foi nomeado cônsul em Havana, Cuba, em 1873, sendo transferido para Brístol, Inglaterra, no ano seguinte, lá permanecendo até 1878.

        Reunindo condições pessoais e históricas propiciadoras do trabalho intelectual, Eça de Queirós tornou-se um dos maiores prosadores em Língua Portuguesa, exercendo considerável influência nas letras, tanto em Portugal como no Brasil, até os nossos dias.

        Sua rica produção literária pode ser arrumada em três fases fundamentais. A primeira, que começa com artigos e crónicas publicados entre 1866 e 1867 na Gazeta de Portugal, coligidos postumamente no volume “Prosas Bárbaras”, e termina com a publicação de “O crime do padre Amaro”, em 1875. A segunda fase estende-se até mais ou menos 1888, com a publicação de “Os Maias” e dela fazem parte as obras nas quais faz vigorosa crítica às instituições vigentes: Monarquia, Igreja e Burguesia, formando um retrato da sociedade portuguesa contemporânea, erguido em linguagem original, impregnada de fluência e vigor narrativo que são suas características. Fazem parte dessa fase “O primo Basílio” e “A relíquia”, entre outras. De 1888 até a prematura morte do autor, em 1900, surge um novo Eça, transubstanciado, que sobrepõe, ao derrotismo e ao cepticismo irónico e corrosivo da etapa anterior, um momento de fé e esperança, cultivando os valores da alma e do espírito. Surgem, nessa fase, “A ilustre casa de Ramires”, “A correspondência de Fradique Mendes”, “A cidade e as serras” e “Últimas páginas”.

        Poderíamos aqui, eximindo-nos de qualquer pretensão biográfica, instalar uma quarta fase na obra do ilustre escritor, que se inicia em 1906, seis anos portanto após seu desencarne, quando ele retorna, através das mensagens transmitidas ao médium português Fernando de Lacerda cujo teor consta dos quatro volumes do livro “Do país da luz”, mais tarde reunidos numa só obra: “Eça de Queirós, póstumo”. Vamos encontrar aí, um Eça mais crítico com relação à sua produção literária, insatisfeito com o que considera uma obra incompleta.

        Posteriormente, com esse mesmo julgamento, afirma à médium actual: ... e hoje, quando olho tudo o que deixei, embora com um nome que se tornou famoso, embora com sucesso, nada referente aos ensinamentos de Jesus pude deixar.

        Renovado, empenhado nos mais nobres objectivos de oferecer ao leitor uma obra mais abrangente, abordando temas que tratam, sobremodo, de questões pertinentes ao sofrimento dos encarnados, buscando levar-lhes consolo e esperança, o extraordinário escritor encontrou na médium Wanda A. Canutti o instrumento ideal para interpretar a sua voz.

        Ligados, desde tempos imemoriais, por profundos laços de afectividade, como pai e filha, Espírito e médium afinam-se perfeitamente na difícil tarefa da psicografia. Dessa perfeita sintonia surgiram os livros: “Gefúlio Vargas em Dois Mundos”, “Depende de Nós”, “Um Amor Eterno”,Rastros do Vício”, “Foco de Luz”, “O Preço da Vingança eEm Nome de Deus - Um Episódio da Inquisição” "Elos do Passado" "A Camponesa da Casa de Pedra".

        Uma obra em fase de conclusão, “A História das Muitas Histórias”, descreve a trajectória percorrida por ambos – Espírito e psicógrafa – desde os primeiros contactos, objetivando a realização dos propósitos do autor, que passam, também, indiscutivelmente, pelos compromissos assumidos anteriormente pela médium.

Fonte: O Mensageiro

 

 

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