ESPÍRITO



        O Livro Dos Espíritos – perguntas 23, 24, 25, 78 a 92 e 115.

        Há dois elementos gerais no universo: o elemento inteligente e o elemento material.

        O Espírito (elemento geral) é o princípio  inteligente do universo, distinto da matéria, mas que a ela se une para encetar o processo de desenvolvimento dos potenciais latentes, rumo à perfeição.

        Os Espíritos, os seres inteligentes, são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material, cuja época e o modo que essa formação se operou transcendem ao entendimento humano.

 


        Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber.

        São de todos os tempos. Deus jamais os deixou de criar. Constituem os seres que habitam tudo, no Cosmo, tornando-se uma das potências da natureza e actuam na Obra Divina como cooperadores, do que resulta a própria evolução e aperfeiçoamento incessante.

        Criados, têm princípio, mas são indestrutíveis.

        As leis biológicas estabelecem que os corpos geram corpos. Nas leis que regem a vida espiritual, espírito não gera espírito, todos emanam das mãos do mesmo criador.

        O espírito é indivisível. Contudo, de acordo com seu o grau de evolução,  pode irradiar seu pensamento para destinos diferentes, sem fraccionar-se.

        Considerando o seu nível de depuração, pode o espírito vencer distâncias com a rapidez do pensamento.
Conforme o grau de desenvolvimento, o Espírito não sofre qualquer tipo de obstáculo material.

        O espíritos distantes das conquistas da evolução vibram em condições mais grosseiras, com menos desenvoltura na vida espiritual, menos capazes no uso das faculdades próprias do ser imortal.

        As faculdades são do espírito em seu todo, e não de órgão específico, qual acontece com o corpo físico. Para que o espírito faça uso de todas as faculdades com as possibilidades que estão programadas nos plano de Deus, necessário o desenvolvimento de sua espiritualidade.


 

        PERISPÍRITO -  O Livro Dos Espírito, perguntas 93.

        O Espírito se reveste de uma substância, o Perispírito ou psicossoma, imprescindível à encarnação e à desencarnação. É tanto mais denso e subtil, quanto evoluído seja o Espírito. Graças à sua complexidade, conserva intacta a individualidade, no mundo dos espíritos e através das sucessivas reencarnações, e se faz responsável pela transmissão ao Espírito das sensações que o corpo experimenta, como ao corpo informa das emoções procedentes das sedes do Espírito.


 

        DIFERENTES ORDENS DE ESPÍRITOS – O Livro Dos Espíritos, 96 a 127

        Os espíritos progridem, intelectual e moralmente. Seguem a esteira evolutiva, cada qual no ritmo que elege, no uso do livre arbítrio e aproveitamento das oportunidades. Por isso são de diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado.

        Conforme a classificação estabelecida por Allan Kardec, são três ordens, consubstancidas de 10 classes:

      
        Terceira Ordem – Espíritos Imperfeitos. Predominância da matéria sobre o Espírito. Propensão para o mal. Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as paixões que lhes são consequentes.

        Têm a intuição de Deus, mas não o compreendem.

        Nem todos são essencialmente maus.  Em alguns há mais leviandade, irreflexão e malícia do que verdadeira maldade. Uns não fazem o bem nem o mal; mas pelo simples fato de não fazerem o bem, já denotam a sua inferioridade. Outros, ao contrário, se comprazem no mal e rejubilam quando uma ocasião se lhes depara de praticá-lo.

        A inteligência pode achar-se neles aliada à maldade ou à malícia; seja, porém, qual for o grau que tenham alcançado de desenvolvimento intelectual, suas ideias são poucos elevadas e mais ou menos abjectos seus sentimentos.

        Restritos conhecimentos têm das coisas do mundo espiritual e o pouco que sabem se confunde com as ideias e preconceitos da vida corporal. Não nos podem dar mais do que noções erróneas e incompletas.

        Eles, os Espíritos imperfeitos, vêem a felicidade dos bons e esse espectáculo lhes constitui incessante tormento, porque os faz experimentar todas as angústias que a inveja e o ciúme podem causar.

        Conservam a lembrança e a percepção dos sofrimentos da vida corpórea e essa impressão é muitas vezes mais penosa do que a realidade. Sofrem, pois, verdadeiramente, pelo males de que padeceram em vida e pelos que ocasionam aos outros. E, como sofrem por longo tempo, julgam que sofrerão para sempre.


 

        Allan Kardec organizou a Ordem dos Espíritos Imperfeitos em cinco classes:

        Décima classe. Espíritos Impuros. Rejubilam na prática do mal. Alguns povos os designaram por divindades maléficas; outros chamam pelos nomes de demónios, maus génios, Espíritos do mal. Quando encarnados, são homens propensos a todos os vícios geradores das paixões vis e degradantes. (item 102 de O Livro dos Espíritos).
Nona classe. Espíritos Levianos. São ignorantes, maliciosos, irreflectidos e zombeteiros... (item 103 de O Livro dos Espíritos).

        Oitava classe. Espíritos Pseudo-Sábios. Possuem conhecimentos amplos, porém, crêem saber mais do que realmente sabem. São orgulhosos, presunçosos e vaidosos. (item 104 de O Livro dos Espíritos).

        Sétima classe. Espíritos Neutros. Nem bastante bons para fazerem o bem, nem bastante maus para fazerem o mal. Praticam o mal, ou o bem, conforme lhes for conveniente (item 105 de O Livro dos Espíritos).

        Sexta classe. Espíritos Batedores e Perturbadores. Não formam uma classe distinta. Podem caber em todas as classes da terceira ordem. Allan Kardec os classificou pelas manifestações físicas de que são autores, produzindo barulhos insólitos, movimentos de objectos, promovendo espanto e medo. Por isso “batedores” e “perturbadores” (item 106 de O Livro dos Espíritos).


 

        Segunda Ordem – Bons Espíritos. (item 107 de O Livro dos Espíritos)

        Caracterizado desenvolvimento da espiritualidade. Desejo do bem. Compreendem Deus e o infinito, e já gozam da felicidade dos bons. São felizes pelo bem que fazem e o mal que impedem. O amor que os une lhes é fonte de inefável ventura, distantes da inveja, dos remorsos, nem nenhuma das más paixões que constituem o tormento dos Espíritos imperfeitos. Todos, entretanto, têm que passar por provas, até que atinjam a perfeição.

        Como Espíritos, inspiram bons pensamentos; quando encarnados, são bondosos e benevolentes com os seus semelhantes. Não experimentam ódio, rancor, inveja ou ciúme e fazem o bem pelo bem.
 

        Quinta classe. Espíritos Benévolos. – Hão progredido mais no sentido moral do que no intelectual. (item 108 de O Livro dos Espíritos).

        Quarta classe. Espíritos Sábios. – Têm maior aptidão para as questões de natureza científica, que sempre trabalham com objetivo de produzir o bem para a sociedade. (item 109 de O Livro dos Espíritos)

        Terceira classe. Espíritos de Sabedoria – Qualidade morais elevadas e capacidade intelectual destacada. (item 110 de O Livro dos Espíritos)

        Segunda classe. Espíritos Superiores. – Reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Quando reencarnam na terra é para cumprimento de missões. É o tipo de perfeição que se pode aspirar na terra. (item 111 de O Livro dos Espíritos)


 

        Primeira Ordem – Espíritos Puros.

        Classe única. Nenhuma influenciada matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta, com relação aos Espíritos das outras ordens. (item 112 e 113 de O Livro dos Espíritos).
 

        Criados simples e ignorantes, todos os Espíritos estão destinados à perfeição. Mudam de uma para outra ordem demoradamente. À medida que avançam, compreendem o que os mantém na retaguarda do progresso, e decidem por evoluir, submetendo-se docilmente às leis de Deus, melhorando-se, e desempenham tarefas- compromissos que os impulsionam na senda evolutiva. (O Livro dos Espíritos, itens 115 a 118).

 

 
 
 

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