Sobre a Pena de Morte
Todos nós, sem excepção, estamos aqui para evoluir. Vivemos
sob o império de leis que nos limitam e regulam as nossas relações em
sociedade. Desde o início da Humanidade a lei foi fundamental para definir
direitos e deveres e limitar acções.
A primeira lei conhecida foi gravada em pedra, e estabelecia o que não era
lícito fazer: matar, roubar, desejar a mulher do próximo, adulterar,
testemunhar falsamente, cobiçar o que quer que seja do próximo. Com o tempo,
o homem foi tornando cada vez mais complexa a lei tão simples, criando
infinidade de artigos e parágrafos com as sanções correspondentes em caso de
violação às normas instituídas. Cresce, porém, a quantidade de leis, de
crimes, de penitenciárias e de sanções. Estudam-se meios de inibir a
criminalidade, e o que mais se cogita hoje é da pena de morte, como forma
definitiva de eliminar, do convívio social, o delinquente.
Quando se compreender que a vida não acaba com a morte, ter-se-á dado um
grande passo na educação do detento. Deus é o Criador da vida e só Ele tem o
direito de tirá-la, quando assim achar necessário.
Somos dotados de inteligência, livre arbítrio e consciência, atributos
suficientes para discutirmos formas e meios eficientes de educar o
delinquente e consciencializado, até torná-lo útil ao próximo. Os meios
existem: educação moral, cívica e espiritual.
PAULO DE TARSO, enérgico perseguidor dos cristãos, hoje seria facilmente
condenado à pena de morte, entretanto, na estrada de Damasco, Jesus dá a ele
a oportunidade de renovação. E, desde então, Paulo passou a ser o mais
dedicado dos discípulos de Jesus, e é o nosso maior exemplo de como podemos
oferecer a oportunidade de recuperação aos que cometeram até mesmo os mais
hediondos crimes.
Que os irrecuperáveis sejam mantidos afastados do convívio social e
impedidos da prática de crime, mas vivos e respeitados como seres humanos,
irmãos nossos, cuja vida é criação de Deus.