MÃE

 

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Amo você...


Desde que eu era um feto em seu ventre
Desde que eu sou alguém em seu lar
Desde que você é minha mãe
Desde que aprendi a te respeitar.

A vida é um sonho gostoso
Se você está ao meu lado
Um sonho Maravilhoso
Sempre vivo em meu passado

Agora vem o presente
E eu queria lhe dizer
Mãezinha do meu coração
Que eu amo você...

Camila Bredariol
 Verdade e Luz

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AMOR DE MÃE



    Havia um garoto que, nos seus quase oito anos, adquirira um hábito nada salutar. Tudo para ele se resumia em dinheiro.     Queria saber o preço de tudo o que via. Se não custasse grande coisa, para ele não tinha valor algum.
    Nem se apercebia o pequeno que há muitas coisas que dinheiro algum compra. E dentre essas coisas, algumas são as melhores do mundo.
    Certo dia, no café da manhã, ele teve o cuidado de colocar sobre o prato da sua mãe um papelzinho cuidadosamente dobrado. A mãe o abriu e leu:
    "Mamãe me deve: por levar recados - 3 reais; por tirar o lixo - 2 reais; por varrer o chão - 2 reais; extras - 1 real. Total que mamãe me deve: oito reais."
    A mãe espantou-se no primeiro momento. Depois, sorriu, guardou o bilhetinho no bolso do avental e não disse nada.
    O garoto foi para a escola e, naturalmente, retornou faminto. Correu para a mesa do almoço.
    Sobre o seu prato estava o seu bilhetinho com os oito reais. Os seus olhos faiscaram.
    Enfiou depressa o dinheiro no bolso e ficou imaginando o que compraria com aquela recompensa. Mas então, percebeu que havia um outro papel ao lado do seu prato. Igualzinho ao seu e bem dobrado.
    Abriu e viu que sua mãe também lhe deixara uma conta. "Filhinho deve à mamãe: por amá-lo - nada. Por cuidar da sua catapora - nada. Pelas roupas, calçados e brinquedos nada. Pelas refeições e pelo lindo quarto - nada. Total que filhinho deve à mamãe - nada."
    O menino ficou sentado, lendo e relendo a sua nova conta. Não conseguia dizer nenhuma palavra. Depois se levantou, pegou os oito reais e os colocou na mão de sua mãe.
    A partir deste dia, ele passou a ajudar sua mãe por amor.
    Nossos filhos são espíritos que trazem suas virtudes e suas paixões inferiores de outras existências. Cabe-nos examiná-las para auxiliá-los na consolidação das primeiras e no combate às segundas.
    Todo momento é propício e não deve ser desperdiçado.
    As acções são sempre mais fortes que as palavras.
    Na condução dos nossos filhos, cabe-nos executar a especial tarefa de agir sempre com dignidade e bom senso, o que equivale a dizer, educar-nos.
    Com excepção dos filhos extremamente rebeldes, uma boa dose de amor somada à energia, sempre dão bons resultados.
    Você sabia?
    Que é no lar que recebemos os primeiros ensinamentos sobre as virtudes?
    E que na construção do senso moral, dos conceitos de certo e errado são muito importantes os exemplos dados pelos pais?
    É no doce mundo familiar que se adquire o hábito da virtude que nos guiará as acções quando sairmos mundo afora.

Fonte: Internet http://www.momento.com.br/
 

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Ao Nível Semântico


Oh! Mãe imaculada, que no Espaço
Nos fizemos de Vós fiéis escravos!
Mãe, que na Terra todos vis agravos
Vistes ao Filho preso em um barraço,

E que de piedade em um abraço
A Ele recolhestes dos seus cravos
Sem aos cruéis impor os desagravos,
Vós, que na Alma trazíeis o traspasso;

Sois Vós, Maria, Mãe de Jesus Cristo,
Rainha nestes Céus, de luz piedosa,
Que a minha alma chama a olhar os astros!

Se é por Vós o meu chorar benquisto,
Para a Terra, que Vos feriu maldosa
É que o amor Vos peço assim de rastros!

Helena Craveiro Carvalho
psicografia de Jorge Rizzini
Anuário Allan Kardec 75
 

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Belas Flores


Mães são sempre flores belas,

Ninhos de paz e conforto...

Murchas, porém, são aquelas

Que reclamam leis de aborto.

Maria Lacerda

 

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BÊNÇÃO DO CÉU



Conta uma lenda antiga que o Senhor

Veio à Terra formada, certo dia...

Com tamanhos recursos ao dispor,

O Planeta sentia

Necessidade de instrução e amor.



Espíritos humanos, aos milhares,

Vagueavam sonâmbulos no solo;

E embora sob a luz dos génios tutelares,

Do campo imenso ao íntimo dos mares

Viviam em distúrbio, pólo a pólo.



Faltava a ordem para os elementos,

Mas o Senhor agindo com presteza,

Fez a organização da Natureza,

A envolver toda a Terra na grandeza

Dos seus altos e sábios pensamentos.



Coube ao Sol a missão de sustentar a vida,

Atravessando alturas sem vencê-las;

E, para refazer cada existência em lida,

A noite recebeu a paz indefinida,

Asserenando o mundo ao clarão das estrelas.



Foi entregue o limite às linhas do horizonte,

As árvores florindo em campo aberto

Deram-se à produção de valores em monte;

Depois, encarregou-se a bondade da fonte

De fecundar o chão e amparar o deserto.



A ovelha improvisou os fios de agasalho,

Reclamou-se da abelha o favo suculento,

Inventou-se a bigorna para o malho,

Tudo era disciplina, harmonia e trabalho

Que o Senhor dirigia calmo e atento.



Mas os seres dotados de razão

Espalharam-se em grupos sobre a Terra...

Inteligência sob o orgulho vão,

Separam-se em muros de ambição

E criaram a dor, a violência e a guerra.



Vendo o ódio a crescer, de segundo a segundo,

O Senhor guiou à experiência nova;

Deu-lhes doce prisão em corpos sobre o mundo,

Para terem, por si, a paz do amor profundo

Pelas tribulações e lágrimas da prova.



Notando-lhes, porém, as blasfémias e os brados

De sofrimento e desesperação,

Viu que na condição de seres encarnados,

Quase todos espíritos culpados,

Exigiam carinho e protecção.



Quem seria capaz de tamanha bravura?

Doar-se sem pedir? Amparar sem prender?

Quem seria, afinal? Onde a criatura,

Cuja afeição se erguesse, até mesmo à loucura,

Achando a luz no cáos, a sorrir e a sofrer?



O Senhor meditou, meditou... Em seguida,

Separou certa jovem dentre os réus,

Revestiu-a do amor sem sombra e sem medida...

A primeira mulher se fez mãe para a vida

E o homem se acalmou ante a bênção do Céu.

Maria Dolores
(Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier,
março/79, no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, Minas.)
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Berço e Mãe


Prosseguindo, Senhor, nos teus caminhos,

Em que a tua bondade nos conduz,

Deixa-me agradecer-te o berço generoso

Que me cedeste, um dia, ao anseio de luz.


Esse é o brinde mais belo que conservo

Nos meus ricos tesouros da lembrança,

Porquanto foi no mundo, Amado Amigo,

Que te encontrei o amparo sem mudança.



Em criança de colo, ante uma tela antiga,

Pela fé, minha mãe, me pedia te olhar:

-“Fala, filha, quem é?...” - e eu dizia: - “Jesus!...”

E nunca me esqueci dessa bênção do lar.



Depois, saí à luta, ao trabalho da escola,

A vida era lição, de instante para instante,

Mas foste sempre em mim, por toda parte,

O invisível pastor e o socorro incessante.


Senhor, tu que venceste o tempo e a morte,

Segues hoje connosco, dia-a-dia,

E te fazes clarão, hora por hora,

Nutrindo-nos no peito a força que nos guia.



É por isso, Jesus, que te relembro,

A fim de agradecer-te, estejas onde estejas,

Repetindo a cantar, na pauta da esperança:

-“Sê bendito, Senhor!... Louvado sejas!...”

Maria Dolores
 

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CARTA À MINHA MÃE


És, minha Mãe, a estrela da lembrança,

Brilhas na dor que a saudade produz.

Ditavas-me as lições do Herói da Cruz,

Mas tudo recusei... Pedi mudança...



Ouro e poder!... Não há nada que os vença!...

A febre da ambição ninguém traduz...

Ninguém sabe os caminhos que transpus

Para formar minha fortuna imensa...



Tudo a morte varreu, em acções frias;

Quero contar-te a mágoa de meus dias,

Falar-te sobre a angústia dos meus ais!...



Quando rever-te!... Agora ou no futuro?

Vem afastar-me do meu canto escuro,

Onde existe e nada mais!...

Antonio Vieira
Soneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier
27 de Fevereiro de 1993, no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba.
 

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CARTA À MINHA MÃE


Quis visitar-te o anónimo jazigo
Em que a humildade em paz se nos revela,
Contemplo a cruz, antiga sentinela
Erguida ao lado de um cipreste amigo.
Busco a memória e vejo-te comigo;
Estamos sob o verde da aguarela,
Teu sorriso na túnica singela
É luz brilhando neste doce abrigo.
Recordo o ouro, Mãe, que não quiseste,
Subindo para os sóis do lar Celeste
Para ensinar as trilhas da ascensão.
Venho falar-te, em prece enternecida
Do amor imenso que me deste à vida,
Nas saudades sem fim do coração.

Auta de Souza
 Soneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier
, em 12 de Março de 1989, em Uberaba
 

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Carta às


Minha irmã, se Deus te deu

A luz da maternidade,

Deu-te a tarefa divina

De renúncia e da bondade.



Busca imitar no caminho

A Rosa de Nazaré,

Irradiando o perfume

De amor, de humildade e fé.



Lembra sempre em tua estrada,

Que a paz de tua missão

É feita dessa ternura

Que nasce do coração.



Contempla em cada filhinho

Um luminoso sorriso

Da alegria dolorosa

Que te leva ao paraíso.



Porque, ser mãe, minha irmã,

É ser prazer sobre as dores,

É ser luz, embora a estrada

Tenha sombras e amargores.



Ser mãe é ser energia

Que domina os escarcéus.

É ser nas mágoas da Terra

Um sacrifício dos céus.



Pensa nisso e não duvides

Da grande misericórdia,

Que te deu na senda escura

A lâmpada da concórdia.






mães



Ouve ainda. Tem cuidado

Com o teu próprio coração.

Não deixe que se transforme

O teu amor em paixão.



Muita vez, a mãe terrestre

Em vez de salvar, condena,

Porque do amor que redime

Faz a paixão que envenena.



Há muitas mães nos Espaços

Chorando na desventura,

Os perigosos desvios

De sua imensa ternura.



Ama o filho de outra mãe

Qual se fora teu também,

E estarás santificando

Teu lar nas luzes do Bem.



Castiga amando o teu filho

Em teu carinho profundo.

Prefere o teu próprio ensino

Às tristes lições do mundo.



Recorda que está contigo

A missão de renovar,

De corrigir perdoando,

De esclarecer e ensinar.



Nos teus exemplos repousa

A esperança do senhor,

Que há de salvar este mundo

por meio de teu amor.

Cassimiro Cunha
Livro “Cartas do Evangelho”
psicografia de Francisco Cândido Xavier.
 

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Uma carta para a Mãe


    “Mãe, quantas poesias, quantas palavras de amor, quantos presentes! Ser mãe não se define apenas numa poesia, nem em palavras de aparente amor impulsionados pelo marketing.

    Só o “simples” fato de ser mãe, já tem um sentido profundo de responsabilidade. É sublime! É para sempre ser...

    A oportunidade transitória na vida material, torna-se um grande compromisso para com a Lei Divina, pois se não for cumprida, com certeza virão cobranças. Para que tenhamos esses espíritos em desenvolvimento é necessário que possamos ter o mínimo de carinho e atenção.

    O nosso Criador confia, e, se define no papel da vida que se reinicia, a oportunidade de crescimento. Muitas mães não entendem esta realidade, pois para os filhos o mundo é “brincadeiras, alegrias, doces etc.”

    A protecção e o carinho que faz esses filhos acalmarem-se é a força do amor maternal.

    Assim é a vida, uma eterna convivência. Criaturas aprendendo umas com as outras para enfim reencontrarmo-nos num futuro próximo e continuarmos esse lindo trabalho de desenvolvimento do amor: seja a mãe que gera ou a que se compadece dos esquecidos do mundo.

    Todos nós fazemos parte deste grande universo de doação.

    Lembremos que quando observamos esses pequenos, brincando com alegria e simplicidade, é o que nos dá sustentáculos para seguirmos.

    Abracemos com cuidado o compromisso benigno que o Pai Maior nos outorgou e confiou, e sigamos em frente”.

Marlene Dantas Bezerra
 

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Uma Carta Para a Mãe

“Mãe, quantas poesias, quantas palavras de amor, quantos presentes! Ser mãe não se define apenas numa poesia, nem em palavras de aparente amor impulsionado pelo marketing.

Só o simples fato de ser mãe, já tem um sentido profundo de responsabilidade. É sublime!

É para sempre ser...

A oportunidade transitória na vida material, torna-se um grande compromisso para com a Lei Divina, pois se não for cumpri8da, com certeza virão cobranças. Para que tenhamos esses espíritos em desenvolvimento é necessário que possamos ter o mínimo de carinho e atenção.

O nosso Criador confia, e, se define no papel da vida que se reinicia, a oportunidade de crescimento. Muitas mães não entendem esta realidade, pois para os filhos o mundo é brincadeiras, alegrias, doces etc.

A protecção e o carinho que faz esses filhos acalmarem-se é a força do amor maternal.

Assim é a vida, uma eterna convivência. Criaturas aprendendo umas com as outras para enfim reencontrarmo-nos num futuro próximo e continuarmos esse lindo trabalho de desenvolvimento do amor: seja a mãe que gera ou a que se compadece dos esquecidos do mundo.

Todos nós fazemos parte deste grande universo de doação.

Lembremos que quando observamos esses pequenos, brincando com alegria e simplicidade, é o que nos dá sustentáculos para seguirmos.

Abracemos com cuidado o compromisso benigno que o Pai Maior nos outorgou e confiou, e sigamos em frente.


Marlene Dantas Bezerra
 

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Casório

A fim de doar ao filho
O apoio que ele requer,
Há quem diga que o casório
Foi invenção da mulher.

Lulú Parola
 

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Chico e uma Mãe Aflita


    As palavras de Chico Xavier estão sempre revestidas de luz, descortinando novos caminhos para os nossos passos ... Ele é uma fonte inesgotável de bênçãos, dessedentando os corações cansados de sofrer no vale das provações humanas ... Por isto, quando ele fala, todas as vozes se emudecem e todos os ouvidos se aguçam, a fim de guardar-lhe os ensinamentos nos escrínios da própria alma.

    Recordo-me de que, há muito tempo, uma mãe aflita, ao debruçar-se-lhe sobre os ombros, indagou em lágrimas:

    "Chico, o que vou fazer agora da minha vida?! ... Perdi os meus filhos, Chico, num desastre ... Morreram os dois ... A minha dor é terrível ... Estou desesperada ..."

    O episódio nos comovia a todos, no "Grupo Espírita da Prece", em Uberaba.

    Fitando-a com os olhos igualmente repletos de lágrimas, o incansável servo do Cristo lhe respondeu:

    -"Filha, o nosso Emmanuel sempre me diz que a aceitação de nossos problemas, sejam eles quais forem, representa cinquenta por cento da solução dos mesmos; os outros cinquenta por cento vêm com o tempo ... Tenhamos paciência e fé, pois não estamos desamparados pela Bondade Divina."

    Bastou que ouvisse estas palavras do Chico, para que aquela senhora se acalmasse em uma cadeira próxima, começando a reflectir sobre os Desígnios de Deus.

    De nossa parte, ficamos também, em silêncio, a meditar na grandeza da lição daquela hora, a respeito da aceitação do sofrimento, perguntando a nós mesmos quantas dores maiores poderíamos evitar, se nos resignássemos antes as dores aparentemente sem remédio que nos visitam no quotidiano ...

Chico Xavier
livro Mediunidade e Acção
 de Carlos Antônio Baccelli

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Chorando


À alma santa de minha Mãe


Fazia noite... A tristeza
Tudo envolvia em seu véu;
Soluçava a Natureza,
Caía orvalho do Céu.

E n’aquela noite assim,
Tão tenebrosa e tão fria!
A minha mãe se partia
Para o Céu azul sem fim.

Falou-me a chorar: filhinha,
O vício do mundo aterra...
Tu’alma reúne à minha,
Fujamos ambas da terra.

Beijou-me... e, qual sonho doce,
Sua vida evaporou-se.

.. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..

Ó mãe! por que me deixaste
No mundo sem teu amor?
Sou como o lírio sem haste
Murchando triste inda em flor.

Podias ter-me levado
Ao Céu contigo, divina...
Iria em teu seio amado:
Eu era tão pequenina!

Fiquei sozinha e perdida,
Ó mãe! no mundo de abrolhos...
Na noite de minha vida
Derrama a luz de teus olhos!

Quanta tristeza se encerra
Do mundo no escuro véu!
Não quero morar na terra;
Contigo leva-me ao Céu!

Auta de Souza
Julho de 1897.
 

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Cópias


De tudo, há cópias na Terra,

De casa, arvoredo e fruto,

Mas de mãe nunca se soube

Que haja substituto.

Vivita Cartier
 

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CORAÇÃO DE MÃE

Se a criança é o futuro,
no coração das mães
repousa a sementeira de
todos os bens
e de todos os males do porvir.

Emmanuel
 

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Coração I

Coração de Mãe recorda,
Entre alegrias e dores,
Um lago de pranto
Sempre enfeitado de flores.

Vivita Cartier


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Coração II

Coração de mãe, no fundo,

Tem signo de sofredor,

Deus o criou neste mundo

Para amar-te até morrer...

Julinda Alvim
Chico Xavier
Livro “Sinais de Rumo”
 

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Coração Materno


    O coração materno é uma taça de amor em que a vida se manifesta no mundo.

    Ser mãe é um privilégio, uma dádiva, uma bênção. Entretanto, grave é o ofício da verdadeira maternidade.

    Levantam-se monumentos de progresso entre os homens e, em grande parte, devemos às mães abnegadas e justas, mas erguem-se penitenciárias sombrias e, na mesma proporção, devemos ás mães indiferentes e criminosas. Mães, eduquem vossos filhos.

    Afaguem-nos com carinho, encaminhem-nos na justiça e no bem. Lembrem-se: uma criança no berço é um diamante do céu para ser burilado.

Sebastiana Pires
Francisco Cândido Xavier.
Fonte: Luz no Lar
 

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CORAÇÃO DE MÃES


Dizem que quando a Terra foi criada,

Fazendo-se possuída

Pelos filhos da vida

Que vinham de outros mundos,

Tudo na estrada humana,

Cortando a imensidão dos campos infecundos,

Era a dominação do ódio que se aferra

À dissenção, à morte, ao desespero e à guerra...

Foi quando um mensageiro

Do Céu às criaturas

Regressou às Alturas

E disse humildemente ao Grande Deus:

- Senhor!

O que posso fazer dos homens sem amor?

Do cérebro mais tardo ao génio mais precoce,

Tudo na Terra é luta em conquista da posse.

Comparece-te, oh Pai!... veneno, flecha e clava

Formam no mundo inteiro a Humanidade escrava

Da descrença, do mal, da impiedade e do crime.

Sem qualquer esperança a que se arrime.

Já não se aguenta ouvir os urros do mais forte

E o choro dos vencidos,

Pisados, massacrados e caídos

Nos sarcasmos da morte.

Que fazer, Grande Deus, nas trevas dessa luta,

Em que a luz se nos nega e ninguém nos escuta?



Revelou-se que o Pai de Infinita Bondade

Pensou, por muito tempo, e disse, comovido:

- Aceito, filho meu, quanto me falas,

Entendo-te o pedido!...

Volta ao mundo a servir na tarefa em que avanças;

Os que morrem no mal renascerão crianças.

A Terra evoluirá - ponderou o Senhor -

Ninguém alterará minha obra de amor.

A fim de desarmar a violência e a cobiça,

Instalarei no mundo a força da Justiça.

E para que haja amor exterminando o orgulho,

Sem pancada, sem grito, sem barulho,

Enviarei alguém,

Que ame os filhos meus, com o meu amor ao bem,

Na exaltação da paz, sem desprezo a ninguém.

Alguém que saiba amar, servir e sofrer,

Cultivando o perdão como simples dever.

Dizem que foi assim

Que a Terra começou a fazer-se jardim.

Ouviu-se verbo novo, alteraram-se imagens.

E conforme o Senhor mandou e prometeu,

Entre as rudes mulheres dos selvagens,

O Coração de Mãe apareceu.

Maria Dolores
Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier,
em 1977, em Uberaba, Minas Gerais.
 

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Criação


    Quando Deus criou as Mães

    Diz uma lenda que no dia em que o bom Deus criou a mãe, um mensageiro se acercou dele e lhe perguntou o porquê de tanto zelo com aquela criatura.

    Em que, afinal de contas, ela era tão especial?

    O bondoso e paciente Pai de todos nós lhe explicou que aquela mulher teria o papel de mãe, pelo que merecia especial cuidado.

    Ela deveria ter um beijo que tivesse o dom de curar qualquer coisa, desde leves machucados até namoro terminado.

    Deveria ser dotada de mãos hábeis e ligeiras que agissem depressa preparando o lanche do filho, enquanto mexesse nas panelas para que o almoço não queimasse.

    Que tivesse noções básicas de enfermagem e fosse catedrática em medicina da alma. Que aplicasse curativos nos ferimentos do corpo e colocasse bálsamo nas chagas da alma ferida e magoada.

    Mãos que soubessem acarinhar, mas que fossem firmes para transmitir segurança ao filho de passos vacilantes. Mãos que soubessem transformar um pedaço de tecido quase insignificante numa roupa especial para a festinha da escola.

    Por ser mãe, deveria ser dotada de muitos pares de olhos. Um par para ver através de portas fechadas, para aqueles momentos em que se perguntasse o que é que as crianças estão tramando no quarto fechado. Outro par para ver o que não deveria, mas precisa saber, e, naturalmente, olhos normais para fitar com doçura uma criança em apuros e lhe dizer: “Eu te compreendo. Não tenhas medo.   Eu te amo”, mesmo sem dizer nenhuma palavra.

    O modelo de mãe deveria ser dotado ainda de capacidade de convencer uma criança de nove anos a tomar banho, uma de cinco escovar os dentes e dormir, quando estiver na hora.

    Um modelo delicado, com certeza, mas resistente, capaz de resistir ao vendaval da adversidade e proteger os filhos, de superar a própria enfermidade em benefício dos seus amados e de alimentar uma família com o pão do amor.

    Uma mulher com capacidade de pensar e fazer acordos com as mais diversas faixas de idade.

    Uma mulher com capacidade de derramar lágrimas de saudade e de dor mas, ainda assim, de insistir para que o filho parta em busca do que lhe constitua a felicidade ou signifique seu progresso maior.

    Uma mulher com lágrimas especiais para os dias de alegria e os de tristeza, para as horas de desapontamento e de solidão.

    Uma mulher de lábios ternos que soubesse cantar canções de ninar para os bebés e tivesse sempre as palavras certas para o filho arrependido pelas tolices feitas.

    Lábios que soubessem falar de Deus, do Universo e do amor. Que cantassem poemas de exaltação à beleza da paisagem e aos encantos da vida.

    Uma mulher. Uma mãe.

    Ser mãe é missão de graves responsabilidades e de subida honra. É gozar do privilégio de receber nos braços, Espíritos do Senhor e conduzi-los ao Bem.

    Enquanto houver mães na Terra, Deus estará abençoando o homem com a oportunidade de alcançar a meta da perfeição que lhe cabe, porque a mãe é a mão que conduz, o anjo que vela, a mulher que ora, na esperança de que os seus filhos alcancem felicidade e paz.

Autor desconhecido
Momento Espírita
Vol. 1
 

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Deus Fez

Deus fez a primeira mãe...

Só de amor ela foi feita.

Quis fazer o homem igual,

Não mais achou a receita.

Lucano Reis

 

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Dos Guias


Dos guias e cireneus

De que nos fala a razão,

Mãe é a presença de Deus,

Em forma de Coração.

Espírito Belmiro Braga
Psicografia Chico Xavier
Livro "Os Dois Maiores Amores"
 

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Em Louvor à Mãe



Minha mãe - não te defino

Por mais rebusque o abc...

Escrava pelo destino,

Rainha que ninguém vê.

Meimei
A Caridade - Maio de 1990


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EM LOUVOR DAS MÃES


    O lar é a célula activa do organismo social se mulher, dentro dele, é a torça essencial que rege a própria vida..

    Se a criança é o futuro, no coração das mães repousa a sementeira de todos os bens e de todos os meles do porvir.


O homem é o pensamento.

A mulher é o ideal.

O homem é a oficina.

A mulher é o santuário.

O homem realiza.

A mulher inspira.


    Compreender a gloriosa missão da alma feminina, no soerguimento da Terra, é apostolado fundamental do Cristianismo renascente em nossa Doutrina Consoladora.

    Auxiliar, assim, o espírito materno, no desempenho de sua tarefa sublime, constitui obrigação primária de todos nós que abraçamos nos Centros Espíritas novos lares de idealismo superior e que buscamos na Boa Nova do Divino Mostre a orientação maternal para a renovação de nossos destinos.

    Nesse sentido, se nos cabe reconhecer no homem o condutor da civilização e o mordomo dos patrimónios materiais na gleba planetária, não pode­mos esquecer que na mulher devemos identificar o anjo da esperança, ternura e amor, a descer para ajudar, erguer e salvar nos despenhadeiros da sombra, oferecendo-nos, no campo abençoado da luta regenerativa, novos tabernáculos de serviço e purificação.

    Glorifiquemos, desse modo, o ministério santificante da maternidade na Terra, recordando que o Todo-Misericordioso, quando se dignou enviar ao mundo o seu mais sublime legado para o aperfeiçoamento e a elevação dos homens, chamou um coração de mulher, em Maria Santíssima, e, através das suas mãos devotadas à humilde e ao bem, á renunciação e ao sacrifício, materializou para nós o coração divino de Nosso Senhor Jesus Cristo, é luz de todos os séculos e o alvo de redenção da Humanidade inteira.

Mãe Antologia Mediúnica
FCX
Emmanuel
 

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Os Empréstimos de Deus



    A maternidade é um bem divino que o Pai outorgou às mães da Terra. Com esse bem, a mãe sobe espiritualmente, progride porque aprende a renunciar, amparar, amar e dignificar o lar.

    Muitas vezes ela é um médium que ampara também aquelas que partiram e que, ainda sem compreensão, não sabem ver com os olhos espirituais os seus filhos que sofrem ainda encarnados na Terra. Aí vem o auxílio em forma de prece da mãe-médium que socorre e ampara com o guia, com Jesus no Pensamento.

    Então, minhas irmãs médiuns, não temam, não se omitam, a esse auxílio, doem-se e peçam ao Pai e Criador o crescimento, também dessas desencarnadas que sofrem ainda pelos seus filhos amados, mas que se esquecem que foram seus filhos por empréstimo de Deus, Pai poderoso de todos nós.

Mensagem do Espírito Samira
Médium: Marilandia Torres
A Caridade - Maio de 95
 

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Escultura


Atendendo à Lei de Deus,

Que tudo rege e domina,

Mulher quando se faz mãe

É uma escultura divina.

Maria Dolores
 

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Estendei a Mão


Estendei Vossa mão bondosa e pura,
Mãe querida dos fracos pecadores,
Aos corações dos pobres sofredores
Mergulhados nos prantos da amargura.

Derramai Vossa luz, toda esplendores,
Da imensidade, da radiosa altura,
Da região ditosa da ventura,
Sobre a sombra dos cárceres das dores!

Ó Mãe! Excelsa Mãe de anjos celestes,
Mais amor, desse amor que já nos destes,
Queremos nós em cada novo dia,

Vós que mudais em flores os espinhos,
Transformai toda a treva dos caminhos
Em clarões refulgentes de alegria.

Espírito Auta de Souza
livro À Luz da Oração
 

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Eterna Dor


Alma de meu amor, lírio celeste,
Sonho feito de um beijo e de um carinho,
Criatura gentil, pomba de arminho,
Arrulhando nas folhas de um cipreste.

Ó minha mãe! Por que no mundo agreste,
Rola formosa, abandonaste o ninho?
Se as roseiras do Céu não têm espinhos,
Quero ir contigo, ó lírio meu celeste!

Ah! se soubesses como sofro, e tanto!
Leva-me à terra onde não corre o pranto,
Leva-me, santa, onde a ventura existe...

Aqui na vida - que tamanha mágoa! -
O próprio olhar de Deus encheu-se d’água...
Ó minha mãe, como este mundo é triste!

Auta de Souza
Utinga - Outubro de 1898
 

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Evoluir

O espírito quando quer
Evoluir, a rigor,
Pede um corpo de mulher
E faz-se mãe por amor.

Casimiro Cunha
 

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Gloria

Toda mãe pede respeito,

Esteja como estiver,

Maternidade na vida

É a glória de ser mulher.

Luiza Amélia

 

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Grávida

Mãe grávida no caminho?

Imagino logo, ao vê-la,

Uma estrela de carinho

Engastada noutra estrela.

Colombina
 

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Homenagem Às Mães


    Sentado à frente do teclado do computador, nossa mente divagava por mundos desconhecidos à procura de inspiração para este texto em homenagem ao DIA DAS MÃES. As ideias convencionais surgiam a cada instante e eram descartadas. Cremos que já se escreveu quase tudo sobre essas maravilhosas colaboradoras de Deus.

    Subitamente nos veio a ideia de que mães são arvores móveis. Elas enfeitam a vida com as suas flores e os seus frutos. Elas são a garantia do manancial da vida que jorra para nós, como a fonte de Água Viva, referida por Jesus, á mulher samaritana.

    Seus braços e mãos que nos acalentam, acariciam e também corrigem, são como as ramas das arvores, eternas fiandeiras da vida. À noite, quando se debruçam sobre o berço dos filhos, a luz da vida passa por elas, como a luz prateada do luar passa por entre as folhas e brinca de tecer rendas no solo.

    No calor escaldantes das nossas lutas, elas são a sombra refrescante e amiga. É no seu tronco que nos escoramos para chorar ou confidenciar nossa mágoas e desencantos. Quantas ultrapassam o tempo de vida dos filhos, e seus corações são os esquifes, onde mora a saudade.

    Alguns querem colocá-las num altar. Contudo, elas, são o próprio altar, ou o templo da natureza em que a vida é cultuada. Elas também morrem. E se em vida foram o sustento das fontes de água, mortas, elas são o fertilizante da vida.

    Quando Deus decidiu que nascêssemos frágeis e indefesos, incapazes até de procurar o seio para mamar, com certeza ele já tinha projectado as mães, criaturas indispensáveis para a beleza e manutenção da vida.

    Quando me sinto sozinho, triste, magoado, logo penso: sou privilegiado, pois tive uma mãe que me acalentou em seu seio e guiou os meus primeiros passos. Então, me esforço para não envergonhá-la. As mães são a esperança da PAZ.

 Amilcar del Chiaro Filho
 

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Lição das Lições


Lição das lições terrestres

Inspirações imortais:

Um bom pai vale cem mestres,

Mãe, porém, vale mil pais.

Targélia Barreto

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LOUVOR ÀS MÃES


Deus modelou a Beleza

Na Amplidão Universal,

Doando a própria grandeza

Ao coração maternal.

Meimei
 

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Quem menospreze a mulher

Guarde esta nota de luz:

- O Céu procurou Maria

Para ser Mãe de Jesus.

Jovino Guedes
(Trovas recebidas pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião pública
do Grupo Espírita da Prece, na noite de 28/Março/81, em Uberaba, Minas)
 

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Louvor às mães II

Louvor às mães!... Hoje vejo
Meu samba na estaca zero,
Mas guardo ainda o desejo
De cantar: “mamãe, eu quero”.

Lamartine Babo

 

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Luz do Além


Da luz do além vejo terras distantes,
Num quadro de expressão que nunca vira,
Orion, Sirus, Aldebaran, Alfa e Lira...
Na Celeste Harmonia de gigantes...

A saudade cruel é a força que me inspira

Todo ambiente em torno, é belo como dantes

No reduto das rosas fascinantes

Sustentadas aos toques da Safira...



Busco uma casa antiga, “O coração estala”...

Encontro minha mãe!.... Corro a beijá-la

Abraçados no amor de que me inundo...



Meu Deus! Não quero o Céu, mesmo te amando,

Quero ficar com minha mãe rezando,

Na verdadeira Paz que achei no Mundo!...

Azevedo Cruz
Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier

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Luz


Ser mãe – ser luz nos caminhos,

Do mais nobre aos mais plebeus.

Toda mãe tem seu destino

Guardado no amor de Deus.

Ormando Candelária

 

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MÃE, O CÉU AQUI NA TERRA.

MÃE, O AMOR SUPREMO DA VIDA.

MÃE, A SUAVE PAZ EM PLENA GUERRA.

MÃE, A BÊNÇÃO MAIOR DO PAI JÁ RECEBIDA.

Luz do Evangelho

 

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Mãe das Mães


Maria,

É a Mãe piedosa

De todas as mães resignadas e sofredoras.

É a consolação

Que se derrama puríssima

Sobre os prantos maternos,

Vertidos na corola imensa das dores;

É o manto resplandecente

Que agasalha os corações das mães piedosas,

Amarguradas e infelizes,

Que orvalham com lágrimas benditas

As flores do seu amor desvelado,

Espezinhadas pelo sofrimento,

Fustigadas pelo furacão da desgraça, atropeladas pelo mal,

Perseguidas pelo infortúnio

No sombrio orbe das lágrimas e das provações.

Todas as preces maternas

Ascendem aos espaços

Como um doloroso brado de angústia a Maria,

E a rosa sublime de Nazaré

Escuta-as piedosamente,

Estendendo os seus braços tutelares

Às Mães carinhosas e desprotegidas;

E bastam os eflúvios do seu amor sacrossanto

Para que as consolações se derramem

Cicatrizando as feridas,

Balsamizando os pesares,

Lenindo os padeceres

Das Mães desoladas, que encontram nela

O símbolo maravilhoso de todas as virtudes!...

Ao seu olhara compassivo,

Pulverizam-se os rochedos do mal

Do oceano da vida de desterro e de exílio,

Para que o Brigue da Esperança,

Com as suas velas alvas e pandas,

Veleje tranquilamente,

Buscando o porto esperado com ânsia,

Da salvação das almas que sofreram

Nos torvelinhos do mundo,

Como náufragos de uma tormenta gigantesca,

Que não se perderam no abismo das águas tenebrosas

Do mar da iniquidade,

Porque se apegaram

À âncora da Fé.

Maria é o anjo, pois

Que nos ampara e guia em nossa cruz;

Levando-nos ao Céu, cheia de piedade e comiseração

Pelas nossas fraquezas.

Ela é a personificação do amor divino

No vale das sombras e das amarguras,

E sendo o arrimo de todas as criaturas,

É sobretudo

A Virgem da Pureza

- Mãe das Mães.

Marta
Livro “Parnaso de Além Túmulo”
Psicografado por Francisco Cândido Xavier

 

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Mãe e Filho


Mãe e filho, doce enredo,

Que a vida desenovela,

O filho é sempre um segredo

Guardado entre Deus e ela.

José Albano
 

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MÃE QUERIDA


Torno a ver, nos meus dias de criança,
O teu regaço, a lamparina acesa,
O pequeno lençol que trago na lembrança,
A oração da manhã e o pão à mesa...

Varro o chão, a fitar-te as mãos escravas,
Afagando o fogão, de momento a momento...
A roupa e o batedouro em que cantavas
Para esquecer o próprio sofrimento...

Depois, era o tinir da caçarola,
Aumentando a despesa no armazém...
Vestias-me de renda para a escola
E nunca me lembrei de ofertar-te um vintém.

Cresci... A mocidade me requesta,
Ante a cidade de qualquer maneira...
Parti... - eu era a rosa para a festa,
Ficaste... - eras a rústica roseira.

De tudo vi na estrada grande e nova,
As flores do prazer, o brilho, a fama,
A malícia dourada e os suplícios da prova
Marcando a pranto e fel os passos de quem ama...

Hoje, volto a buscar-te, mãe querida,
Dá-me de tua paz sem ilusão,
Guarda-me em ti, o amor de minha vida,
Alma querida de meu coração.

Maria Dolores
(Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier,
em reunião pública do Grupo Espírita da Prece, na noite de 9-março-85, em Uberaba, Minas Gerais)
 

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Mamãe, fique comigo


    Quando fomos buscar o pequeno Betinho para a necessária recuperação espiritual, ele mesmo nos entregou a seguinte carta que endereçara, na véspera, ao coração maternal:


Querida Mãezinha:


Espero você para ficar comigo.

Ontem olhei a chegada dos ônibus até que o último aparecesse.

Chorei muito quando vi que você não vinha.

Papai viajou e Dona Júlia voltou para a casa dela, depois do lanche. Ao sair, fechou as portas e janelas. Agora estou com medo de ficar sozinho.

Tenho sono, mas a cabeça está doendo e a tosse voltou com muita força.

Não posso dormir, pensando em você.

A casa parece muito grande e qualquer barulho me assusta.

Mamãe, porque tanta demora para você voltar?

Se eu estivesse crescido, iria procurar você, mas os meninos de D. Francina me disseram que não devo tomar ônibus sem a companhia de gente grande.

Ontem, minha pipa apareceu rasgada e, quando corri para chamar Dona Júlia, caí num poço de lama e feri a cabeça.

Hoje, caí quatro vezes, dentro de casa.

Não pude ir à escola.

Ninguém lavou minha roupa, mas os sapatos eu mesmo engraxei.

Estou escrevendo com tanta saudade, que estou com vontade de chorar.

Não me deixe sozinho.

Venha depressa.

Mamãe, fique comigo.

Muitos beijos de seu filho

Betinho

    Nesta carta, beijamos a ternura de uma criança e, com a permissão da querida destinatária, fazemos desta página a nossa homenagem ao luminoso Dia das Mães.

MEIMEI
Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier,
 em reunião pública na Comunhão Espírita Cristã,
Uberaba, Minas, 15/Março/75.
 

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Mão Bondosa e Pura


Estendei Vossa mão bondosa e pura,

Mãe querida dos fracos pecadores,

Aos corações dos pobres sofredores

Mergulhados nos prantos da amargura.

Derramai Vossa luz, toda esplendores,

Da imensidade, da radiosa altura,

Da região ditosa da ventura,

Sobre a sombra dos cárceres das dores!

Ó Mãe! Excelsa Mãe de anjos celestes,

Mais amor, desse amor que já nos destes,

Queremos nós em cada novo dia.

Vós que mudais em flores os espinhos,

Transformai toda a treva dos caminhos

Em clarões refulgentes de alegria.

Pelo espírito Auta de Souza
do livro À Luz da Oração
 

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PROBLEMAS DO MUNDO

O mundo está repleto de ouro
Ouro no solo. Ouro no mar. Ouro nos cofres.
Mas o ouro não resolve o problema da miséria.

O mundo está repleto de espaço.
Espaço nos continentes. Espaço nas cidades. Espaço nos campos.
Mas o espaço não resolve o problema da cobiça.


O mundo está repleto de cultura.
Cultura no ensino. Cultura na técnica. Cultura na opinião.
Mas a cultura da inteligência não resolve o problema do egoísmo.


O mundo está repleto de teorias. Teorias nas escolas filosóficas. Teoria nas religiões.
Mas as teorias não resolvem o problema do desespero.


O mundo está repleto de organizações.
Organizações administrativas. Organizações económicas. Organizações sociais.
Mas as organizações não resolvem o problema do crime.


Para extinguir a chaga da ignorância, que acalenta a miséria; para dissipar a sombra da cobiça, que gera a ilusão; para extinguir o monstro do egoísmo que promove a guerra; para anular o verme do desespero, que promove a loucura, e para remover o charco do crime, que carreia o infortúnio, o único remédio eficiente é o Evangelho de Jesus no coração humano.


Sejamos, assim, valorosos, estendendo a Doutrina Espírita que desentranha da letra, na construção da Humanidade nova, irradiando a influência e a inspiração do Divino Mestre, pela emoção e pela ideia, pela directriz e pela conduta, pela palavra e pelo exemplo e parafraseando o conceito inolvidável de Allan Kardec, em torno da caridade, proclamemos aos problemas do mundo: "Fora do Cristo não há solução."

(BEZERRA DE MENEZES)
 

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À Virgem

Bittencourt Sampaio

Do teu trono de róseas alvoradas,
Estende, mãe bendita, as mãos radiosas
Sobre a angústia das sendas escabrosas
Onde choram as mães atormentadas.

Mãe de todas as mães infortunadas,
Com tua alma de lírios e de rosas,
Mitiga a dor das almas desditosas
Entre as sombras de míseras estradas.

Anjo consolador dos desterrados,
Conforta os corações encarcerados
Nas algemas do mundo amargo e aflito.

Ao teu olhar, as lágrimas da guerra
E os quadros de amargor que andam na Terra,
São caminhos de luz para o infinito.

“Parnaso de Além Túmulo”,
psicografia de Francisco Cândido Xavier
Brasil Espírita - Julho de 1971

 


 


 

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