RESPEITO À MEDIUNIDADE 



Oportunidade de edificação interior, mediante correcta educação, e aplicada ao serviço nobre, a mediunidade deve merecer o mais irrestrito contributo de respeito.

Considerada fonte de inspiração divina na antiguidade, perseguida no período medieval, menoscabada por inúmeros cientistas, encontra, nos dias hodiernos, receptividade e carinho.

Os médiuns, por isso mesmo, devem acautelar-se contra as surtidas da própria, como da insensatez que conduz grande parte da sociedade ao desequilíbrio, preservando-se na conduta moral sadia, sem alarde nem exotismo do comportamento que faz o agrado da vulgaridade, derrapando pela vala do ridículo.

Olhada com suspeita pelos herdeiros das tradições do passado, examinada com excessivo entusiasmo pelos iniciantes das experiências psíquicas, é, no entanto, porta de acesso ao mundo espiritual, por onde transitam informações e directrizes que sempre devem merecer análise racional e observação cuidadosa, a fim de se evitarem problemas que são mais do caráter do médium do que da própria faculdade.

Diante dela, nem uma dúvida sistemática, tampouco uma constante aceitação tácita.

Face a quaisquer colocações mediúnicas, tal como ocorre na vida normal, passa pelo crivo da razão o que te chegue ao conhecimento, o que te seja solicitado.

Abstém-te de aceitar como correctas mas manifestações bulhentas, espalhafatosas, os comportamentos alienados.

A paranormalidade encontra-se em todas as criaturas em maior ou menor grau de desenvolvimento.

A Doutrina Espírita dá-lhe orientação e disciplina, ampliando-lhe o campo de ação e respeitabilidade, graças ao que se transforma em bênção a favor de ti mesmo, bem como do teu próximo.

Acurar meditação e estudar as potencialidades mediúnicas são deveres inadiáveis.

Tendo em vista os objectivos edificantes que lhe programam a conduta espírita, é muito justo que os médiuns evitem os espectáculos que chamam a atenção e não passam de divertimento a caminho da frivolidade.

Considerando-se a pesada carga de sofrimentos que se encontram nas mentes e nos corações humanos, é lícito oferecer-se a mediunidade para a tarefa de consolação e de esclarecimento, penetrando nas causas das aflições e buscando erradicá-las.

Vive, portanto, de tal modo com discrição e equilíbrio, que a tua conduta revele a excelência das tuas faculdades medianímicas.

Jesus, que era por excelência o Médium de Deus, jamais vulgarizou as forças espirituais que O caracterizavam, tendo sempre o cuidado de evitar a frivolidade ou o desrespeito em Sua volta.

Agindo sempre no bem, fez-Se o exemplo do servidor sem alarde, consciente do dever que Lhe cumpria executar.

Seguindo-O, faze o mesmo.


[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Seara do Bem]
[Editora LEAL]

 

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