À MINHA MÃE

 

Faz tanto tempo, Mãe
Que eu não te sinto,
Que eu não te vejo,
Que eu não te abraço.
E o tempo foi passando,
A saudade, que eu pensei,
Fosse acabar um dia,
Vai aos poucos aumentando.


Eu queria, hoje, te abraçar,
Olhar teus olhos, cheios de ternura,
Recostar minha cabeça no teu peito,
Ouvir o pulsar do teu coração,
Enquanto em teu regaço,
Afagas minha cabeça.


Eu queria ver o teu sorriso,
A tua alegria,
Ouvir ecoar da tua boca,
A palavra carinhosa,
A me chamar, Meu Filho.


Queria receber o teu abraço,
Quando de manhã bem cedo,
Eu ia sempre te ver,
Ou, à noitinha, quando cansado,
Voltava do meu trabalho,
E te encontrava recostada,
Na cadeira da varanda,
Sozinha, a me esperar.


Ah, que tristeza mãezinha,
Ter te perdido tão cedo!
E eu ter que ficar aqui...


Hoje, eu queria estar contigo,
E correndo te dar meu beijo,
Te entregar o meu presente,
Neste dia que é das Mães.
Já que não posso, mãezinha,
Fica a saudade incontida,
Que o tempo já não desfaz...


Mãe, quantas vezes,
Debruçado à janela,
Eu te procuro no espaço,
No infinito, nas estrelas,
Ou, num pequeno cometa,
Que deixa um rastro de luz...
A sua bênção, minha Mãe,
E que hoje tu estejas,
Com as bênçãos de Jesus!


* * *

Cid Samuel Carneiro da Silva
Fonte: Universo Espirita

 

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