Willy Wonka (Johnny Depp) é
o excêntrico dono da maior e mais espectacular fábrica de
chocolates do mundo.Fábrica essa, diga-se de passagem, que
aparentemente não tem funcionários. Afinal, há mais de uma
década ninguém é visto entrando lá.
Um belo dia, Wonka decide fazer uma
“promoção”. Esconde cinco convites dourados no meio dos seus
produtos e divulga para o mundo inteiro que as crianças que os
encontrarem serão seus convidados, por um dia
inteiro.
A busca pelos convites acaba virando
uma febre mundial. Todos querem conhecer por dentro a incrível
fábrica. Inclusive o pequeno Charlie (Freddie Highmore),
vizinho de Wonka, que tem remotas chances de encontrar um
convite, já que – muito pobre - ganha apenas uma barra de
chocolate por ano – somente no dia do aniversário.
É claro que o último convite é
encontrado por ele, o grande herói de toda a trama. Embora o
enredo de “A Fantástica Fábrica de Chocolates” não seja
novidade para ninguém – afinal, só eu assisti a versão
original, na “Sessão da Tarde”, uma dúzia de vezes – o filme
de Tim Burton acaba sendo uma grande surpresa.
Como?
Ora, por causa da forma criativa e
mordaz como ele, Burton, e Johnny Depp deram um fôlego novo a
essa conhecida história.
Críticas duras são tecidas à maneira
habitual/actual de educar (deseducar, quem sabe?) crianças. A
ausência de valores morais da sociedade e o desencantamento do
ser diante da corrupção humana (até mesmo a partir da mais
tenra idade) também são temas tratados com bom-humor e
ironia.
Em resumo, é um filme nada convencional
(bem ao estilo de Tim Burton), mas recheado de bons momentos
que suscitam as mais variadas reflexões e gargalhadas.
Esquisito?
Bem, em verdade, todos nós somos bem
esquisitos. Ria, divirta-se, mas não deixe de pensar a
respeito.
|