Baseado em fatos reais, 'Uma Mente
Brilhante' foi o vencedor em quatro categorias no Oscar deste
ano (2001), incluindo melhor filme. Conta a vida do americano
John Nash (interpretado por Russel Crowe), um matemático
brilhante, autor de uma teoria económica, elaborada na
primeira metade do século passado, que revolucionou várias
áreas do conhecimento humano e foi motivo para que ele, em
1994, recebesse um prémio Nobel.
Apesar de ser dotado de uma
inteligência fora do normal, Nash tem pouca habilidade no
campo dos relacionamentos pessoais, além disso, é orgulhoso e
prepotente, acreditando apenas naquilo que a lógica possa
explicar. Nada de sorte. Nada de fantasias e sonhos.
A única linguagem que ele realmente
domina é a matemática. Isso não o impede, no entanto, de
apaixonar-se verdadeiramente por Alicia (Jennifer Connely),
sua ex-aluna, com quem ele se casa e tem um filho.
Com o passar dos anos, Nash vai se
tornando uma pessoa cada vez mais difícil e distante. Tudo se
complica ainda mais quando seu comportamento é diagnosticado
como sendo decorrente de um quadro irreversível de
esquizofrenia.
Ironia do destino: o génio, movido
apenas pela razão, vê-se, repentinamente, traído pela própria
mente, sendo incapaz de distinguir o real do imaginário.
Há uma brecha no enredo para que nós,
espíritas, levantemos algumas questões a respeito do drama de
Nash: seriam mesmo alucinações ou apenas o desabrochar de sua
capacidade mediúnica? Seria ele alvo de um processo obsessivo?
São meras conjecturas.
Sabe-se, porém, que muitos médiuns, ao
longo dos anos, tiveram diagnóstico idêntico, e foram tratados
com as mesmas técnicas violentas e inócuas, em virtude do
desconhecimento das verdades espirituais.
Por fim, o mais importante da história
de John Nash é a forma corajosa como ele, amparado sempre por
um amor verdadeiro, enfrenta seus próprios limites, aprendendo
a conviver pacificamente com suas dores e também com as demais
pessoas, superando o orgulho e o egoísmo que até então
norteavam seus passos.
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